quarta-feira, 7 de março de 2012


Coisinhas que (penso) só acontecem aqui...(em 26 de Fevereiro - Domingo)

A gente jamais pode marcar um encontro com alguém dizendo que o local fica “lá naquela lugar onde as árvores têm folhas cor de vinho”... de repente estas folhas não existem mais e as árvores estão todas com pequenas florzinhas de um rosa claríííííssimo... São as Cerejeiras. Começa a Primavera.

No Sábado Ricardo presenciou uma situação peculiar...
Uma mulher passeava com o seu cachorrinho na calçada e de repente, um outro cachorrinho pulou da janela do carro (em movimento, na rua) em direção a eles. A dona do cachorrinho gritou o nome dele e ele PAROU IMEDIATAMENTE, enquanto os carros iam passando por ele e iam parando. Ele ficou imóvel até a dona dele sair do carro e pegá-lo. Ela agradeceu aos motoristas dos carros que pararam e todos foram embora felizes... Que tal???
A sorte é que as velocidades nas ruas da cidade são controladas e não passam de 25 ou 30 klm.

E também jamais dizer que sua casa “é aquela vizinha de uma casa azul”... de um dia para o outro esta casa pode se tornar creme, ou verde, ou seja lá que cor o dono quer pintá-la.
No início da semana estavam uns homens pintando a casa azul vizinha à nossa. No dia seguinte esta casa era creme. E o melhor... Não tinha uma gota sequer pingada no chão... ou nas plantas... ou nas janelas... ou em nada que não fossem as paredes que deveriam se tornar cremes.
Em 24 horas eles pintaram uma casa de dois pisos! Sem barulho...sem sujeira... e com perfeição. Fiquei com inveja!!!

E ontem (Sábado), vimos duas garotas (entre 15 e 16 anos) andando na rua com os seios de fora. Uma estava de saia comprida e a outra de calça, com as blusas nas mãos. Lindas... leves... soltas... conversando alegremente... caminhando normalmente. Do outro lado da rua estavam dois homens conversando. Nenhum deles deu atenção para as garotas, ou fizeram algum comentário, ou ação.
Também fiquei com inveja!!! ... não das garotas (rsrs), mas da situação. O respeito pelo espaço do outro é uma coisa realmente exercida aqui.

Estas foram as coisinhas pitorescas desta semana.

No mais, as flores estão começando a chegar na Califórnia e trazendo os pássaros junto com elas. Já estou ouvindo os Corvos. As árvores já estão começando a ficar coloridas das flores. Muito amarelo, vermelho e rosa nas ruas da cidade.

Experiência Californiana (mais uma)(em 3 de Fevereiro)

Realmente, eu tinha que vir pra Califórnia para viver algumas experiências. Essa de hoje eu ADOREI.

A Linda Nadeau (Xaman) veio me buscar a qui em casa para irmos até as montanhas, num local onde deveremos fazer algumas vivências a partir de Fevereiro.
Ótimo, fiquei super feliz pelo convite, adorei o fato dela vir me buscar em casa, e ainda a ideia de passar o dia nas montanhas, com um belíssimo dia de Sol.

Pois bem... fomos por uma estrada liinda cheia de pinheiros e eucaliptos... um verdadeiro paraíso, direto para as montanhas. E continuamos em frente (com GPS) para achar o local, que ela já tem costume de levar as pessoas para fazerem trabalhos xamânicos.
E la fomos nós... e la fomos... e lá fomos... e o GPS apagou... e lá fomos... e apareciam várias entradas para direita e para a esquerda. E escolhíamos para onde ir. E lá ia Linda dirigindo na estrada escolhida... e la íamos... e lá íamos... Subimos montanha... passamos por precipícios, e precipícios, e eu lembrava do meu medo de precipício que teve que ser curado ali... NATORALMENTE.

Demos ré, voltamos, e mais precipício de volta. As montanhas mais lindas do mundo...o medo querendo se mostrar e eu jogando ele fora, porque as montanhas eram liiindas e eu não queria perder aquilo. ORA! Que medo chato!!!!!

Para nossa surpresa, vimos um caminhão vermelho com alguns homens vestidos de macacão cor de laranja e um Xerife. Daí Linda parou o carro e disse ao Xerife que estávamos perdidas e perguntou se ele sabia do tal endereço para onde íamos. Ele disse que não e pediu a ela o telefone da pessoa e o endereço para ele perguntar à Central. E se dirigiu ao caminhão. Qual foi a minha surpresa quando li o nome que estava escrito nos macacões dos homens... Prisioner 8765. Arregalei os olhos pra Linda e ela disse calmamente... é... são prisioneiros. E eu falei... bom... se só tem um xerife com eles é porque não são perigosos. E ela caiu na risada.
O xerife voltou e nos disse onde era a estrada que ela tinha que entrar.

Conseguimos achar a estrada para o local que eu esperava ansiosamente conhecer. E chegamos! Uma montanha quase devastada pelo fogo, e no topo, algumas casas de madeira, onde era comunitário e tinha alguns templos para meditação, fogueira, sauna, danças, labirinto e mais coisas.
Um lugar bucólico. As Árvores queimadas pareciam seres agitando os braços, em meio a outras com folhagens que bem podiam estar abraçando elas, acolhendo, confortando. Nunca vi nada igual!

Fizemos uma meditação, tocamos tambor, entrei no Labirinto e fiz a minha pergunta de sempre, e recebi uma resposta que me deixou satisfeita. Lanchamos e voltamos por outra estrada, com menos precipício. Mas também já tinha mais importância porque o medo se mandou. (rsrsrs).

Bem...esta foi uma experiência de hoje. E que venham mais.

Esta é a foto da Família dos Veados na Universidade de Ricardo. O menorzinho ficou para trás.

Sensação de Liberdade

Na última Terça feira – 6 de Março, fomos à Universidade para ensaiar as canções de Ricardo.
Vamos ao início disso... Uma pessoa da Universidade convidou Ricardo para apresentar alguma composição em uma apresentação de alunos e professores que acontecerá em Abril.
Ricardo decidiu colocar os Hikus:
“Três pequenas e uma grande canções”:
A Primeira Pequena
A Pequena do Meio
A última Pequena
A Grande Pequena

“Novas Canções Outrora Por Vir Que Ora Veramente Vieram”:
A Nova Que Veio Antes (Dedicada à Dna. Marie Louise)
A Nova Que Veio Em Seguida
A Nova Que Ainda Não Veio Mas Está a caminho. (ainda não composta)

Bom... fomos nós para a Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UCSC). Começamos a estudar as canções e constatamos uma coisa... a idade é fatal... Pensamos em desistir da ideia de tocar e cantar. Pensamos em chamar dois alunos de Canto e Piano para apresentarem as peças. Pensamos que deveríamos insistir mais um pouco para ver as nossas possibilidades. Pensamos que, talvez, com uns 10 ensaios nós ficaríamos preparados para apresentar as canções. Pensamos em como a idade é fatal. Pensamos em continuar ensaiando. Pensamos que começamos a os sentir melhor tocando e cantando. Pensamos que “parece que estamos melhorando”. Pensamos que – sim, com mais 10 ensaios a gente poderá fazer esta apresentação em bom nível. Pensamos que vamos ensaiar duas vezes na semana com o piano da Universidade... AFINADÍSSIMO... e então estaremos prontos para a apresentação. Pensamos em parar o ensaio (já um pouco satisfeitos com nossa performance) e voltar para casa.
Não pude ver o Teatro – estava fechado.
Passamos pelas salas de aula... tudo limpo e cheiroso!!!
Fui ao sanitário e tive uma surpresa!!!!! Tudo limpo e cheiroso. Isso é possível sim!!!
Entramos no carro e andamos pelas estradas do Complexo Universitário (um campo verde enorme)... estradas lindas, arborizadas... com aquelas belas Red Woods... cheirosas... gigantescas árvores. Hoje não vimos a família de Veados que aparecem e fazem os carros pararem para eles atravessarem.
Uma das vezes em que Ricardo esteve na Universidade fotografou eles.
Foi um belo dia de sol. A Primavera começando a se mostrar.

Bom... agora é me preparar para cantar as Canções de Ricardo com a Maestria que elas merecem. Mas a sensação de LIBERDADE em poder aceitar que neste momento talvez eu não consiga cantar algumas canções (especialmente as eruditas), me fez muito bem. Sem cobranças... se ficar bonito faremos... se não ficar bonito não faremos. Simples assim!
Eu não gosto de desistir das coisas, mas às vezes aparecem algumas que estão além do meu limite. Vamos ver... Go ahead. Forwoard. So be it.

domingo, 4 de março de 2012

Usando o Tambor para respirar e soltar o Som

“Meu Tambor não é feito de um pedaço de madeira, um pedaço de couro e trabalho manual. É feito de uma parte de uma árvore, uma parte de um cavalo e trabalho espiritual e, tendo a árvore, o cavalo e o artesão um espírito, meu tambor também tem vida”. — Marcus Fraga

Tambores podem ser usados para conexão com os mundos espirituais.
Tocar tambor é uma experiência espiritual.
Quando um tambor fala, todos devem honrar este momento.
O ritmo do tambor é o pulso da vida, é a batida do coração da Mãe –Terra.
Respire e permita que o Som do Tambor lhe envolva.
Entregue-se ao Som.

Andréa Daltro
A Canção da Alma
Projeto 2012

O uso do Som para a Alegria Interior

Usando o Silêncio para sentir

Observar é o primeiro passo, o primeiro ensinamento, a primeira prática. Observar. Isso é meditar.
Observe os sons, o seu corpo, a respiração que entra e sai. Claro, os pensamentos não vão te largar...
Observe.
Observe os pensamentos. Não os analise, nem os julgue. não os incentive.
Sente-se em silêncio, esteja presente e observe...
Aos poucos os pensamentos começam a perceber que ali não tem campo fértil, que quem está ali não está incentivando, não está "dando corda" pra eles. Daí a alguns dias eles irão embora. De repente uma presença inusitada, surpreendente, começa a surgir.
A Presença... O Ser ... o seu Ser, o seu Núcleo Central (que também é o Núcleo Central de tudo o que existe)...
Usando Penas para respirar

As penas nos conectam com as Forças do Ar e com o Espírito. Elas chamam os espíritos do ar para brincar. Colocam tudo em movimento em nossas vidas, movem energias estagnadas, purificam, bem como harmonizam nosso corpo energético.
Através das penas, nós podemos chamar estes Espíritos do Ar. Nos aprendemos a tornar nossos desejos realidade.
Relaxe, inspire pelo nariz e solte lentamente pela boca. Enquanto faz isso, permita que seu corpo relaxe.
Vagarosamente eleve a pena com ambas as mãos acima da cabeça.
Abaixe a pena até que ela fique bem em frente a sua boca.
Assopre gentilmente sobre a pena. Conforme você faz isso, mova a pena com sua mão como se ela estivesse sendo levada pelo seu sopro.

Em alguns minutos, os Espíritos do Ar se tornam ativos. As folhas das árvores irão farfalhar, você pode ver algumas folhas ou poeira rodopiarem no chão e sentir uma leve brisa.


Andréa Daltro
A Canção da Alma
Projeto 2012

A Canção da Alma

Cantando com as Fadas

Fadas adoram cantar! Elas consideram cantar uma das grandes artes, uma alquimia do Espírito. Elas têm suas próprias ideias sobre o que constitui uma música, e a única coisa que você pode dizer com certeza é que as Canções das Fadas são sempre individuais e originais.
A música apropriada aumenta a nossa energia, nos faz sentir mais leves e mais brilhante. Ela também equilibra e eleva a energia do lugar onde estamos cantando. E coloca-nos mais em harmonia com o lugar, e o momento significativo e poderoso do Agora.
Cantar com as Fadas, ou a Canção da Alma, pode nos fazer parecer tolos. Para a maioria de nós o medo de parecer tolo para nós mesmos é um dos maiores obstáculos para a abertura da comunicação com as Fadas. Outro dos principais obstáculos é o medo de parecer bobo para os outros. O maior obstáculo é acreditar que não é capaz de fazê-lo, e não tentar.
Simplesmente mergulhe e ouça os sons à sua volta. Perceba que eles surgem de repente do silêncio e de repente voltam para o silêncio.
Depois de permitir os sons surgirem por um tempo, você vai achar que eles começam a fazer coisas interessantes. Eles podem desenvolver uma batida ou uma melodia. No início, batida e melodia podem ser similares à música que você está acostumado. Entretanto, quanto mais você deixá-lo livre e quanto mais você Cantar, mais a música se tornará incomum.
Permita-se improvisar sem critérios pre-estabelecidos. Apenas permita que o som lhe preencha e se espalhe a partir da sua voz. Emita sons. Jogue-os para o espaço onde você está praticando. Sinta a alegria e o prazer em emitir sons.

As músicas do País das Fadas são para incentivar o equilíbrio, a alegria crescente das Fadas, o ambiente, e a nós mesmos.
Quanto mais fizermos isso, melhor nos sentiremos.




Andréa Daltro
Projeto - A Canção da Alma
2012